segunda-feira, 14 de junho de 2010

A ENERGIA IRRADIADA PELO SOL, AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS E SEUS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PARA A HUMANIDADE.

A ENERGIA IRRADIADA PELO SOL, AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS E SEUS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PARA A HUMANIDADE.


Artigo acadêmico
Odilon Manske  07/08/2008


RESUMO

A energia irradiada pelo Sol e as fontes de energia renováveis estão relacionadas à fonte primária de energia que vem desta estrela. Desde os primórdios a humanidade tem-se beneficiado destas fontes, seja pela energia acumulada na madeira ou a energia solar direta. Contudo, com o desenvolvimento da sociedade humana, através da revolução industrial, que foi assentada na utilização de combustíveis fósseis, revelou-se extremamente impactante ao meio ambiente. Desta forma, a humanidade está buscando alternativas em outras fontes de energia, em que o atual modelo de desenvolvimento global deve ser repensado, promovendo a transição para um modelo sustentável.

Palavras-chave: Energia primária; Combustíveis fósseis; Fontes renováveis de energia.


1 INTRODUÇÃO

Desde os tempos mais remotos a humanidade tem-se beneficiado das mais diferentes fontes de energia renováveis, dentre as quais podemos destacar o papel do fogo através do qual o homem primitivo garantiu o uso da energia armazenada na madeira para o seu desenvolvimento.

Ainda hoje podemos observar que o uso deste tipo de energia continua desempenhando importante função para muitos países em desenvolvimento, uma vez que as comunidades interioranas encontram-se desprovidas de outras alternativas energéticas, que, se por um lado atenua as necessidades, por outro, impacta de forma violenta o meio ambiente, contribuindo para a desertificação de grandes áreas e com ela o encolhimento da biodiversidade do planeta.

Podemos destacar ainda o uso da energia eólica na navegação à vela, que foi fundamental para o intercâmbio entre os mais diferentes povos e, na atualidade junto com a energia solar tem grande contribuição na geração de energia limpa, sendo disponibilizada livremente para todos.

Sobretudo, iremos discorrer sobre a fonte de energia primária que vem do Sol, pois sabemos que toda a vida terrestre e a maior parte da vida marinha dependem desta energia. E ainda segundo Holm (2005), “O Sol tem sido, e será, a fonte primária de energia para a Terra e para o nosso sistema solar”.


2 A ENERGIA QUE VEM DO SOL

A energia irradiada pelo Sol é a fonte elementar natural de energia disponível em nosso planeta. A humanidade a tem utilizado através do aproveitamento direto, como, por exemplo, a secagem de produtos agrícolas, calefação, aquecimento de água, etc., ou indireto onde a energia solar é convertida em outros tipos de energia, que de acordo com Holm (2005):

Ela também move os gigantescos mananciais energéticos das correntes oceânicas. Toda a energia eólica é na verdade energia solar. A imensa quantidade de energia de todos os rios e quedas d’água vem do Sol, que coordena o grande ciclo de evaporação para formar nuvens de chuva, as quais são transportadas por ventos dirigidos pela energia solar. [...] A fotossíntese é organizada pelo Sol e as plantas são a base da nossa cadeia alimentar, sendo a sustentação para todos os níveis de vida, incluindo a nossa própria. Todos os materiais orgânicos ou que utilizam biomassa derivam da energia do Sol.

Portanto, a maioria das fontes de energia utilizadas hoje pela humanidade são formas indiretas de energia solar, podendo ser: hidráulica, biomassa, eólica, combustível fóssil e energia dos oceanos.

Sem sombra de dúvida, os hidrocarbonetos (carvão, petróleo e gás), tornaram-se as fontes primárias de energia que alimentou e alimenta o modelo de desenvolvimento adotado pela grande maioria dos países, onde se forjou uma infra-estrutura gigantesca e dependente destes recursos, gerando os mais graves problemas ambientais da história da humanidade.

Porém, estes recursos naturais não renováveis também são formas concentradas de energia solar, que levaram milhões e milhões de anos para se formar e armazenar. No entanto, através da exploração desenfreada estamos exaurindo estes recursos finitos em um curto espaço de tempo, que pode levar o atual modelo de desenvolvimento ao colapso.

Portanto, a utilização desenfreada de algumas fontes, como os combustíveis fósseis, tem levado os países em desenvolvimento a um dilema: pois se de um lado querem o desenvolvimento que foi concebido e construído nos países desenvolvidos com base nestas fontes de energia, por outro lado a grande maioria dos países em desenvolvimento não tem acesso livre a elas, pois não se encontram uniformemente distribuídas no planeta, mas nas mãos de poucos países, gerando para os demais enorme carência e dependência destes recursos.

Isto posto, afirmamos que “este” modelo de desenvolvimento não é sustentável em longo prazo, primeiro pelos grandes problemas causados na esfera ambiental e segundo pelo simples fato de que estes recursos são finitos. Deste modo, faz-se necessário utilizar os combustíveis fósseis com mais eficiência e menos intensidade, cabendo aos países em desenvolvimento desenvolver novas fontes de energia, possibilitando a transição gradual para o uso de fontes de energia renováveis e mais limpas, libertando-se da dependência atual.


3 AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS

O início da revolução industrial somente foi possível pela utilização destas fontes renováveis de energia. Ou seja, pela energia mecânica gerada a partir dos moinhos de vento e rodas d'água, que só mais tarde foram substituídas pelas máquinas a vapor alimentadas por carvão vegetal e mineral.

Por fontes de energia renováveis, entendemos estas que são renovadas pela energia primária do Sol. Ou seja, depois que a usamos, como a energia eólica, a energia solar, a biomassa e a hidroenergia, podemos dispor delas novamente.

A grande vantagem de algumas destas fontes (energia solar e eólica), é que elas são distribuídas de forma mais uniforme e livremente disponíveis a todos. O grande entrave atual é o alto custo para fazer uso destes recursos. Contudo, alguns países já perceberam os grandes benefícios que a inovação e a diversificação da matriz energética podem trazer.

O Brasil, como país emergente, vem investindo maciçamente para a obtenção destes recursos, diversificando desta forma sua matriz energética, não só para suprir suas necessidades internas, mas para que num futuro próximo assente parcerias sérias com outros países, disponibilizando tecnologias mais baratas e limpas.

Porém, a diversificação e a transição para o uso de fontes mais limpas de energia devem acontecer com muita responsabilidade. Ela deve ocorrer sob a prerrogativa do desenvolvimento sustentável. Isso significa que qualquer planta geradora de energia renovável, deve necessariamente ter o menor impacto possível sobre o meio ambiente, assim como melhorar a qualidade de vida das comunidades no local onde ela for implantada.

Vale a pena lembrar que num passado não muito remoto, cerca de 35 anos atrás, várias comunidades interioranas no sul do país ainda se beneficiavam de pequenos córregos para geração de energia elétrica. Assim, os meus pais e avós e, também os demais vizinhos possuíam uma roda d’água, que era alimentada através da gravidade por um pequeno duto de água feito de madeira.

Na medida em que a roda girava (acionada pela força da água que caia nas suas divisórias de madeira), em torno de um eixo no qual era acoplado uma polia que por sua vez acionava, através de correias, um dínamo com uma polia ainda menor, fazendo este girar com alta rotação gerando energia elétrica que era distribuída por fios de cobre e abastecia as duas casas com energia.

A desvantagem deste sistema era que para fornecer energia contínua através do dínamo a roda d’água tinha de ser acionada ininterruptamente, o que fazia com que a temperatura do dínamo se elevava de tal forma que o sistema tinha de ser desligado pelo bloqueio da água. Desta forma, este sistema era usado comumente à noite para iluminar as casas e os galpões.

As vantagens eram o custo zero da energia produzida e, a água utilizada podia ser reutilizada para a geração de mais energia para todos os demais vizinhos a jusante. Mas, a maior contribuição deste sistema comprova-se hoje sob a ótica da preservação do meio ambiente, uma vez que ele não produzia nenhum impacto ao meio.

Estes sistemas de geração de energia foram abandonados com a distribuição da energia convencional e tidas como arcaicas pela propaganda oficial da época. Hoje, com os recursos e a tecnologia disponível, cabe resgatar e melhorar estes sistemas de geração de energia. Desta forma poderemos beneficiar pequenas comunidades rurais, onde o grande ganhador será o homem e o meio ambiente.


4 CONCLUSÃO

Desde os tempos mais remotos a humanidade vem-se beneficiando com a utilização das fontes renováveis de energia. Seja através da energia direta do Sol ou indireta através da energia acumulada na biomassa, eólica e hidráulica.

Na ausência de outras fontes de energia, vários povos do planeta ainda hoje se utilizam da energia acumulada na lenha para suprir suas necessidades energéticas. Assim, esta prática vem contribuindo para a desertificação de grandes áreas e como resultado somos confrontados com o encolhimento da biodiversidade terrestre.

Contudo, através do emprego de novas tecnologias já disponíveis, estes povos, principalmente nos países mais pobres da Ásia e África, poderiam ser beneficiados em suas demandas energéticas sem impactar o meio ambiente.

E por fim, concluímos que ainda hoje a humanidade insiste em um modelo de desenvolvimento assentado sobre a utilização de combustíveis fósseis que se encontram nas mãos de poucos. É chegado a hora de diversificar a matriz energética disponível no planeta, investindo nas alternativas viáveis de geração de energia, como por exemplo, a eólica e a energia solar que estão disponíveis livremente para todos.

Assim como, através de investimentos governamentais e aplicação de novas tecnologias é preciso resgatar formas de geração de energia viáveis, mas que foram abandonadas num passado recente em nome de um modelo de desenvolvimento que tantos problemas traz ao meio ambiente.


5 REFERÊNCIAS

HOLM, D. O futuro das fontes renováveis de energia para os países em desenvolvimento. Disponível em: . Acesso em: 06 ago. 2008.



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